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Nova descoberta oferece esperança para a prevenção do câncer de próstata

Postado em novembro 17, 2010

Segundo pesquisa inglesa, mutação genética causada pelo hormônio masculino desencadeia a doença

Doutor Yong-Jie Lu, do Institute of Cancer, Barts and The London School of Medicine and Dentistry Cientistas podem ter encontrado a chave para prevenir o câncer de próstata, de acordo com uma nova pesquisa, publicada na revista Cancer Research.

Um homem morre a cada hora em decorrência do câncer de próstata. Depois do câncer de pulmão essa doença é a segunda causa de morte mais comum em homens.

Agora, uma equipe de pesquisadores da Queen Mary, Universidade de Londres, descobriu que um alto nível de "andrógenos"- quimicamente relacionados com hormônios sexuais masculinos que ajudam o sistema reprodutor funcionar – desencadeiam uma alteração genética específica na próstata que pode provocar o desenvolvimento do câncer.

Esta alteração genética é a fusão de um gene condutor de andrógeno com um gene de tumor – oncogene. Quando estes dois genes se unem, eles ativam o desenvolvimento do câncer. Este gene de fusão é uma das principais causas de câncer de próstata e foi encontrado em mais da metade de todos os cânceres de próstata.

Esta descoberta revela uma compreensão crítica da forma como se desenvolve o câncer de próstata, mas também representa uma oportunidade para prevenir a ocorrência de câncer de próstata, aprendendo a controlar os níveis de andrógenos.

O pesquisador chefe, Lu Yong-Jie, do Instituto do Câncer, em Barts and The London School of Medicine and Dentistry, comenta que esta é uma descoberta muito importante e um grande avanço na prevenção da doença. "Se pudermos aprender a controlar e gerenciar os níveis de andrógenos, há uma forte possibilidade de que sejamos capazes de ajudar milhares de homens, especialmente aqueles em alto risco a partir de uma história familiar de câncer de próstata".

Para Rebecca Porta, da Orchid, "a cada ano mais de 35 mil novos casos de câncer de próstata são diagnosticados no Reino Unido. Agora, mais do que nunca precisamos melhorar a nossa compreensão da doença e identificar novas formas de tratar e controlar a situação. O trabalho do doutor Yong-Jie Lu é um passo importante nessa direção".