Utilizar defensivos agrícolas é uma prática comum nas lavouras, ajudando em diversos aspectos. Porém, o descarte das embalagens, se não for feito de modo correto, pode trazer sérios prejuízos.
A destinação adequada dos resíduos e embalagens de defensivos agrícolas motivou a realização de uma reunião na Câmara Municipal de Nova Andradina na manhã desta sexta-feira (19) para debater a responsabilidade da cadeia produtiva (empresas de fabricação, lojas de venda, revenda, postos de recebimento e produtores), poderes executivo e legislativo municipais, além do Iagro.
O Poder Legislativo foi representado pelo vereador Sandro Hoici, sendo assistido pelo assessor jurídico Walter Bernegozzi. A subsecretaria de meio ambiente e engenheira agrônoma Cornélia Nagel foi destacada pela Prefeitura. Gerentes das cooperativas e revendedores da Cocamar e da Copasul, 3 produtores rurais e dois servidores do Iagro (fiscal e inspetor) também participaram da reunião.
O impasse central é que não existe um consenso sobre quem é o responsável pela destinação final das embalagens vazias e utilizadas.
Atualmente, os produtores encontram dificuldades para efetuar o descarte nas revendedoras. Essas, por sua vez, alegam que não possuem condições e nem obrigação de armazenar e promover o descarte de tais resíduos, tendo apenas o dever de indicar aos agricultores a entidade para enviar esses produtos, o INPEV, Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, cuja unidade mais próxima fica em Naviraí (MS).
Na oportunidade, os produtores e cooperativas pleitearam a implantação de um ponto de recebimento e armazenamento das embalagens de agrotóxicos no município de Nova Andradina para evitar este deslocamento.
Ao final, os participantes decidiram convidar o Ministério Público para discutir, orientar e definir estratégias que possam contribuir para resolver o problema.
Importância da destinação adequada de resíduos
O descarte das embalagens, se feito de maneira inadequada, pode contaminar o solo e água, sendo prejudicial para as plantas aquáticas, peixes e animais terrestres.
Além disso, pode ocorrer intoxicação humana aguda ou crônica.