Dr. Sandro participa do CNA em Campo com a Senadora Kátia Abreu

Dr. Sandro e o vice-prefeito Dr.Raulino Baronceli  participaram do evento de lançamento do programa “CNA em Campo” na cidade de Dourados, ocorrido neste último domingo (29/03), realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Conselho Deliberativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), presididos pela Senadora Kátia Abreu (DEM), que tem o objetivo de mostrar o trabalho realizado pelo Sistema CNA/SENAR em benefício do setor agropecuário. Com esta iniciativa, ela pretende percorrer o Brasil para ouvir produtores rurais e identificar os principais problemas enfrentados pela base. “Nossa intenção é levar a CNA para o interior do Brasil para apresentar as ações desenvolvidas pelo Sistema”, enfatizou.

Dentro da programação, Kátia Abreu teve duas reuniões, uma com lideranças políticas, empresariais e presidentes de sindicatos rurais da região de Dourados, e a outra com produtores rurais. Além do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), Ademar Silva Júnior, e do vice-presidente da entidade, Eduardo Riedel, participaram o vice-governador de Mato Grosso do Sul, Murilo Zauith, o deputado federal Waldemir Moka (PMDB), o deputado estadual Zé Teixeira (DEM), o vereador Gino Ferreira (DEM), e o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Marisvaldo Zeuli. Entre os temas discutidos nos encontros, o processo de demarcação de terras indígenas no estado, que sofreu duras críticas da senadora.

“A ampliação de novas áreas indígenas em MS é uma atitude exagerada, irracional e irresponsável da FUNAI que quer tomar 60% da produção de MS, incluindo as áreas de 30 mil produtores”, criticou a presidente da CNA. Segundo informações apresentadas pela presidente da CNA, o máximo de terras possíveis para uma família de assentados da reforma agrária é de 20 hectares e o índio já tem 240 hectares cada um.

Outro tema abordado pela senadora foi a liberação de uma carta de crédito de R$ 200 milhões, que será analisada pelo Banco do Brasil, para a realização de empréstimo ao Frigorífico Independência, que passa por dificuldades financeiras e entrou em processo de recuperação judicial. “Conversei hoje de manhã com o dono do frigorífico, e ele afirmou que o banco ainda precisa de garantias reais para a liberação do crédito”, afirmou. A senadora destacou que os R$ 200 milhões serão destinados a pagar dívida com os pecuaristas. Só em Mato Grosso do Sul são R$ 51 milhões. Outra proposta é a utilização de créditos tributários por exportações, ainda não resgatados junto ao governo, para o pagamento dos produtores.

Imagem do produtor rural

A senadora também falou aos produtores sobre a necessidade de mudança da imagem do produtor rural. Na sua avaliação, é preciso romper com a imagem que a opinião pública faz dos pecuaristas e agricultores. “Faremos investimentos em rede nacional para mudar a imagem dos produtores rurais, mas cada um precisa fazer sua parte”, destacou.

Meio Ambiente

A senadora expôs que o meio ambiente é uma causa da própria classe produtora, que depende dele para sustentabilidade de seus negócios. Kátia Abreu criticou a enxurrada de leis que são alteradas e colocam o produtor rural sempre em situação de ilegalidade, mesmo quando ele acaba de cumprir 100% das exigências. “Tivemos um decreto no ano passado que não dá possibilidade de ser cumprido e obriga das pessoas a ficarem na ilegalidade”, diz.

Segundo a presidente da CNA, se as regras ambientais forem integralmente cumpridas, apenas 33% do território nacional ficariam disponíveis para as cidades e produção rural. A presidente da CNA defendeu um molde racional de forma a contemplar grande corredores com rios, preservando a água, mata ciliar e biodiversidade. A questão também é tratada, já em estágio avançado, no Congresso Nacional.